Os membros dos grupos de trabalho de Saúde e Educação do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiram se reunir nesta quarta-feira (7) para desenvolver estratégias em caso de paralisação dos serviços nos hospitais universitários federais devido aos cortes no Ministério da Educação (MEC).

No total, há 30 desses hospitais espalhados pelo país, sem contar os vinculados às universidades estaduais, e eles contam com pelo menos 14.000 médicos residentes bolsistas. Os integrantes do grupo de transição receberam informações do MEC de que não há previsão orçamentária para o pagamento desses profissionais de saúde em dezembro, o que pode resultar na interrupção dos serviços prestados.

Arthur Chioro, ex-ministro e coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde, expressou grande preocupação, afirmando que a situação é crítica e pode desencadear problemas no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os membros do Grupo de Trabalho da Educação mencionaram que o tema foi discutido em uma reunião com o atual ministro da pasta, Victor Godoy, e expressaram preocupação com o orçamento da área para 2023. Nesta quarta-feira (7), os grupos de trabalho da Saúde e Educação irão debater a questão.

Os cortes no MEC foram anunciados no final de novembro, totalizando cerca de R$ 1,4 bilhão bloqueados pela Economia. Espera-se que pelo menos R$ 350 milhões sejam cortados das universidades e institutos federais. O contingenciamento foi justificado para permitir que o governo pagasse R$ 2,3 bilhões adicionais à Previdência Social, após a suspensão da medida provisória que adiava para 2023 o repasse de R$ 3,8 bilhões de ajuda para o setor cultural da Lei Aldir Blanc.

By David